NEW YEAR RESOLUTIONS...

NÃO TENHO...

IMPRESSÕES AZUIS...

Há anos herdei um barracão no meio da serra, mas à beira da estrada, com uma área mínima mas uma vista fabulosa.

Passei tardes de domingo com um grupo de amigos nos tempos da faculdade, a picar o chão e a fazer planos, muito à Clube dos Sete, muito à Enid Blyton (porque nem todos crescemos emocionalmente ao mesmo ritmo!!!).


Chamávamos-lhe o 4Walls. Porque só tinha isso mesmo; 4 paredes. E pequeninas.


Muito mais tarde um amigo fez-me um esboço para as alterações, e por isto e por aquilo fui deixando o tempo passar, o dinheiro gastar-se e nunca tomei uma decisão.
Agora acho que chegou a hora de o retomar....

DO MUNDO PARA GURUÉ...

Pépé é:

• finos, galões e torradas ao fim do dia no castelo;
• fws do RW;
• PF;
• apanhar-lhe as roupas que vai deixando cair ao longo das lojas;
• puxá-la pelas pernas quando cai dentro dos caixotes de roupa em saldo;
• queijinho fresco e tostas;
• almoços na cozinha da oikos;
• marisco pago por mim;
• a madrinha:
• o Arsélio;
• a Ceúzeta;
• o bimbo;
• o design
• a isabelinha
• a maldicência - dos doentes, dos coxos, dos pretos, dos brancos, dos homosexuais, dos heterosexuais, das encalhadas, das com saída, mas principalmente de todos aqueles que tenham mais sucesso do que nós...
• piercings em troca de cigarros;
• tatoos com anestesia;
• sites de cães;
• coleiras bordadas;
• a Maria, a Buba e a Mayinha que era uma senhora e foi para o céu de elevador;
• pérolas de sabedoria tipo: "o sofrimento fica-te bem";
• o "trate bem essa destinatária";
• a parafernália do TAZ;
• namorar tampos de sanita na TOM-TOM;
• aulas de swahili sem objectivo algum.

Pépé não é:

• a umazinha de Chiloé;
• a mana de Timor;
• a amiga dos depejos de alma profundos com meditações trancendentais.

Pépé será sempre:

• a indisposta solidária;
• a amiga do coração que não perde tempo a dizer que gosta de ti;
• a velha do restelo com espirito rastafari;
• um monstrinho sensível;
• a mania dos sotaques perfeitos mas sem conteudo linguistico;
• a pessoa de quem conto histórias quando a conversa morre e não ocorre outro tema;

E esta é a minha prenda de Natal para ti Pépé, enquanto estás aí, enamorada no Gurué. É um xi-coração do tamanho de África, é um obrigada da altura do Atlas e um não tocar mais neste assunto porque não somos de perder tempo com estas coisas.

Feliz Natal, amiga. Com todo o meu carinho.

WE ARE BUSY!

HEY! IT´S X-MAS!

AH AH AH!

Don Hertzfeldt in his best!

8.50 long minutes... but its worth it!

..."OUT OF SIGHT, OUT OF MIND, OUT OF REACH"

• Child Labourers walk to freedom
• Children out of sight, out of mind, out of reach
• Dropping out of school
• The year of emergencies

DESPERTARES

Com as duas mãos na minha cara:

- bom dia, mamã. és uma princesa linda! és a minha "quida"...

Note to self: descontinuar a produção de cachalotes.
Iniciar "Operação Free Joaquina". Go Joaquina Go Goooooooooooo!

THE OUTCOME!!!

May I introduce Joaquina, the cachalot?


Joaquina enjoys cinema and quiet dinners at home.





Has a strong dislike for Herman Melville, but enjoys the classics in general.



Joaquina is not looking for a long term relationship.




She believes in the beauty of one night stands and is a very active member at her local Rotary Club.

UPDATE

well, because i´m feeling humble... and aware of my own limitations... decided for a more basic model! this is Joaquina, the whale. She´s a vivtim of the wild Japanese fishing activities, but managed to survive... and only lost an eye in the process. The outcome of my sewing experience will be shown shortly... Refreshments will be served after...

IT`S NOW OR NEVER!!!

Ok, its today!

I´ll try to make it today!
But no hands buggy! You look creepy with hands!

And just one eye, buggy!
Ok, I may consider giving you a 2 eyes brother.

So, to the sewing machine! That possessed b*** with a will of her own!

Yes, I think she´s a she...

CICLOS...

Há qualquer coisa de assustador em saber onde vou estar nos próximos 2 anos.
É coisa de adulto.
É a primeira vez que vou para um país e que sei que sim, vale a pena reconstruir a casa de banho porque vou lá estar tempo suficiente para recuperar e usufruir do investimento.
É a primeira vez que vou trabalhar num projecto em que efectivamente há dinheiro para ele funcionar. E que tem datas e planos e metas pré estabelecidas.
(O improviso é uma coisa divertida, mas cansa!)

Hoje sentei-me, na parte da manhã, num café a trabalhar num documento no meu lap top. Aproveitei para responder a uns emails. Carreguei send e então apercebi-me de que, pronto, aqui não se entra num café qualquer assumindo que há wireless. Isto é o Portugal profundo. Eu vivo no Portugal profundo. A verdade é que nos últimos anos aprendi a associar café e lap top com momentos únicos de modernidade; quando saía de onde estava e ía até um país vizinho e tomava subitamente um "banho de civilização". A verdade é que tendo regressado há quase um ano, continuei a desenvolver o mesmo estilo de vida dos ultimos 3; leio os jornais on line, compro quase tudo on line, organizo-me de acordo com a luminosidade, poupo energia. E delicio-me a beber água da torneira. É fantástico beber água directamente da torneira.
Quando se deu a epifânia da wireless no café, esta manhã, olhei lá para fora e reparei no passeio esburacado, na mulher do outro lado da rua a pedir esmola, na decoração de Natal na loja Chinesa (que parece bem porque está na época, mas que daqui a 3 meses continuará a cintilar), no carro que passou a alta velocidade e não respeitou a rotunda e não notei muita diferença. Pronto, aqui não há gente semi-nua a passear com catanas, as palmeiras são baixinhas, faz frio, vão haver eleições... mas permanece um sentimento de carência, de necessidade, de obra por fazer.
Faz 3 anos que não ando de metro, levei a G. a andar de autocarro em Coimbra e ela passou o curto trajecto a perguntar-me onde estava o avião, a ultima vez que entrei na FNAC foi ha cerca de 2 anos e meio.
Perante a perspectiva de me mudar para Bruxelas, entrei em pânico...
Sinto-me confusa nos hipermercados.

Será que tenho medo da "civilização"?
Penso que não, gosto de manter as coisas simples, é só isso!
Mas sinto que não consigo viver sem um contacto periódico com a "modernidade". É um pouco como os irmãos chatos. É fantástico tê-los ao pé nos dois primeiros dias, mas rapidamente se transformam nos adolescentezinhos irritantes que nos levavam à loucura. Mas quando os vemos partir de novo fica a tristeza e começamos a fazer planos para a próxima visita e depois reinicia-se o ciclo!!!

AND BY THE WAY...

Remember this?

I GOT THE JOB!

JUST A NOTE:

este espaço aqui, não é um forum! é o MEU Blog e o da G.
criámo-lo para podermos estar em contacto com os nossos amigos que estão espalhados pelo mundo; para que eles possam seguir o crescimento dela e acompanhar os nossos dias.

é lógico que não vou nem tenho a capacidade de torná-lo num espaço privado. Só se desse passwords a todos. Mas isso não resultaria porque qualquer um deles tem dificuldade em memorizar o seu próprio número de telefone. Alguns até em articular o nome completo.

o post anterior teve um comentário vindo de um anónimo Brasileiro que está a incomodar algumas das pessoas que vêem aqui todos os dias. E começaram a enviar mails, e alguns a escrever também os seus comentários. E eu, meus queridos, para ser sincera, não tenho energia para isto. Esta aqui é a minha sala de visitas e entra aqui quem eu quero. E se isto é prepotência, pois que seja!

por isso agora os comentários ao dito post estão fechados. Porque eu não teria coragem de apagar o que quer que lá escrevessem - a minha débil aprendizagem democrática não me o permitiria - mas também não tenho paciência para gerir um debate. Porque este não é o local!

assim a partir de hoje quem desejar comentar alguma coisa (apesar de vocês continuarem a abarrotar o meu email em vez de o escreverem aqui!!!! - mas eu gosto!). dizia eu, a partir de hoje quem desejar comentar alguma coisa, continue a fazê-lo. Mas para dar ajuda aos mais distraidos que com o entusiamo em participar se acabam por esquecer de se identificar, activei o sistema de identificação. Assim todos nos podemos tratar pelos nomes com todo o respeito que um tratamento por "tu" implica.

SOUL ASYLUM

há pessoas que vivem cada dia como se fosse um milagre

e encontram a alegria e a manifestação do divino em cada pequena coisa

há pessoas que contam cada uma das pequeninas bençãos diárias

e agradecem-nas como se não fossem merecedoras da felicidade

e há crianças que sofrem em meia duzia de dias

dores maiores do que aquelas que vivi nos meus já muitos muitos dias.

mas apesar disso,

eu continuo a rejeitar o divino

aceito as minhas bençãos diárias como conquistas próprias e consequentemente direitos adquiridos,

exijo a felicidade,

e continuo a acreditar

que para todas as dores ha um remedio e que para cada coração triste está guardado um outro coração que o procura e o quer amar,

mas apesar disso,

continuo sem dormir a cada momento que me lembro daquela bébé de 50 dias que luta pela vida a pouco mais de 20km da cama da G.

OLHEM QUEM CHEGOU!!!??

ouviu-se um barulho lá fora... e ali estava ele!

o menino do meio chegou

veio de barco de italia ate barcelona, o resto do trajecto até aqui foi feito naquela coisa cinzenta e agora caiu nos braços da mamãzinha.

não, não, estas não são palavras de uma ressabiada.

mas a verdade é que eu era muito muito mais feliz até ele nascer! Foram 5 anos de exclusividade!

Bom, lá se vai perdoando...

ABOUT EGGS...

hoje estou tão aborrecida que só dá vontade de visitar blogs destes, dei um salto ao supermercado e comprei de tudo (até daquelas bolinhas pirosas prateadas que partem os dentes).
Tudo tudo não.
Não trouxe os ovos!
Amanhã tenho que levar um bolo para a escola da G..Dei voltas e voltas à cabeça e resolvi-me por uma árvore de Natal com uma base de massa de canela. Gomas snake a fazer de fitinhas , gomas redondas a fazer de bolas e por aí adiante. Muitas côres, como os pequeninos gostam.

Mas pronto, não trouxe os ovos!

(Isto faz-me lembrar a politica externa portuguesa...)

então telefonei ao Sr. João (a quem devia um bolo desde a última festa da escola) e encomendei-lhe outro.

(tal e qual a politica externa portuguesa)

PARTE 2

Enquanto introduziam dados e me diziam em voz lacónica mas com grande autoridade: "Tem a vaicina do tétano em atraso", entra um homem já de certa idade. "Venho buscar a carta que a Dra J. deixou para mim, telefonou-me a dizer prá vir buscar". "Tem consulta marcada?", "Não, é só mesmo pra buscar a carta". "Cuméquequer levar a carta se não tem consulta marcada?". "Marque-me lá a consulta então, se faz favor", "24 de Janeiro ás 15.30h, não se esqueça". O senhor vira as costas a espumar, sai para o corredor furibundo e começa a gritar "eu devia era pôr uma bomba nisto. Mas uma bomba que só a matasse a ela. A ELA. Eu devia era fazer cumo lá no Iraque". E senta-se ao meu lado. Eu sussurro-lhe: olhe, eu sugiro um murro no olho, não destrói as instalações, não incomoda mais ninguem e faríamos por certo todos muito gosto em observar. Três pessoas atrás de mim acenaram em concordância.
Gostei desta abordagem à problemática do Iraque. Os Americanos estão inocentes. Aquilo é mas é um país inteiro revoltado com o sistema de saúde.

PARTE 1

Esta manhã visita ao Centro de Saúde Local. Entrego os meus exames médicos à Administrativa para que ela os entregue à médica de família, quando tiver tempo, claro! Só tenho consulta em Janeiro mas preciso de uma interpretação rápida dos resultados. Há decisões que tenho que tomar.
- Bom dia! - com o meu melhor sorriso numa tentativa de a conquistar para o meu lado... eu sou das que busca insessantemente a aprovação dos funcionários públicos... de toda e qualquer repartição...
- Porque está o envelope aberto, quem a autorizou a abrir o envelope?
- Mas, mas... são os meus exames, vêm-me dirigidos. Vê, este é o meu nome. Olhe, Carla Alexandra. Sou eu. Vê? (Tradução: " Não me batas, não grites comigo, não me envergonhes à frente desta gente toda....")
- Este envelope só deve ser aberto pela Soutoura. Só a Soutoura é que pode ler o que lá está. Não interessa se tem o seu nome. É prá Soutoura. Entende? É prá sou-tou-ra.

NO PREJUDICE, NO PREJUDICE AT ALL....

Quinta vou ter uma entrevista para um trabalho aqui.
Há qualquer coisa de muito patético em querermos algo para o qual não temos qualquer formação, nenhuma experiência mas apenas muuuuuuuuita muuuuita força de vontade! Vamos a ver até que ponto o "eu não sei fazer isto, eu nunca fiz isto, mas já vi fazer e acho que até tenho geito", resulta com os Britânicos.
Trabalhar com Britânicos é giro. Eu já trabalhei com/para eles. Têm aquele permanente tom de condescedência quando falam connosco. Qualquer coisa que provoca sentimentos entre o enternecedor e o simplesmente ofensivo. Lembro-me de reuniões em Lisboa, em que traziam o papel, a fita cola, o agrafador, os agrafos, não fosse cá não haver... era assim tipo marcar uma reunião em Batataqué. (Batataqué não existe, inventei agora, mas se por acaso acertei, as minhas desculpas à gente honrada de Batataqué).
O mais giro é que toda a gente queria vir a Lisboa e participar nas reuniões... por ser em Lisboa. Na semana passada escrevi um comentário no post de uma Britânica (sobre o tempo, porque de jardinagem não percebo muito) e ela imediatamente me responde a dizer o quanto adoraria viver em Portugal, "So exotic!"... Dear, nós é que vos ensinámos a beber chá!!!! Lembro-me de um namorado holandês me ter confessado meigamente que o pai de facto o tinha avisado em relação ao sangue quente das mulheres do sul - e diz-me isto a mim que nasci por erro numa aldeia perto de coimbra e sofro imenso com o calor no verão...
Mas isso agora não interessa. O que interessa é que eu quero mesmo aquele trabalho...
Picture this:

Baucau, 2006:

• a minha G. descalça ao final do dia a correr na areia, como dantes;
• a minha G. com vestidinhos leves sem mangas comprados directamente no luna luna, sem intermediários... muito fair trade...
• a minha G. novamente com aquela pelezinha morena brilhante, bronzeada pelo sol
• a minha G. todo o dia comigo para todo o lado a apanhar fruta-pão e mangas quando tem fome
• e eu e o trabalho, pois, já, me esquecia ....

(vamos tentar esquecer o dengue, a malária, a falta de água potável e electricidade regular, o acesso a cuidados médicos de qualidade e a enlatados dentro do prazo)

PS: Por descargo de consciência googlei "Batataqué". então não é que a palavra existe?????!!!!

PS1: E um link interessante que não tem rigorosamente nada a haver com isto:http://www.themeatrix.com/portuguese/.

PS2: Gosto desta míuda!. Não faço ideia de como é que cheguei até ao blog dela! Mas é tão brutalmente saudável que dá vontade de lhe telefonar e dizer "GT´s at my place?" e depois passar umas horas a ser politicamente incorrecta e brutalmente honesta. Sim P. Tu também és assim, mas és mais finos...certo?

INSTRUÇÕES

o segredo da boa computação reside em colocar fortemente os pés sobre a própria mesa, enquanto se tecla furiosamente

LA VIE EN ROSE...

Vê-la aos saltos, a correr pelo palco, sem procurar ninguém com os olhos, sem seguir ninguém em especial, a abanar-se em total free style, sem se preocupar com a coreografia dos outros, feliz, mas tão feliz, mas tão feliz ... segura - segura de si...
E eu sentada quietinha na segunda fila, no lugar que roubei a alguem que se levantou e não teve coragem de refilar ao voltar, e seguia-a com os olhos para onde quer que ela fosse, e descobria-a sempre no meio de todo aquele rosa e respirei fundo e sorri e senti que houve qualquer coisa que eu fiz de muito certo!

GETTING READY...

and we are almost done....

NO OUTRO HEMISFÉRIO...

anda o N. em passeio.
Achhhhhhhhhhhhhh, que menino irritante!
Primeiro envia aquelas fotos fantásticas de Laos , depois informa da evacuação para Singapura e agora isto! (acho que chegou a hora de nós por cá também voltarmos à estrada...)

Temos saudades tuas N., dos fins de tarde na Areia Branca ,das conversas no areal quase sempre sempre sempre pobremente sobre o mesmo assunto: EU!MIM MIM! Iniciadas sempre da mesma forma:"Oh pá N.eu não percebo como é que..." E das coisas que foste ensinando à G: a boquinha fechada a papar, as cambalhotas na areia o lamentável "FIIIXE" que perdura!!!
Mas este Natal temos-te por cá!!!!
Yuuuupi! Traz-nos prendas!!!

MISSÃO CUMPRIDA, ST NIKOLAS!!!

Primeiro um "Ahhhhhhh está lá uma coisinha!"

(a noite foi mal passada com receio de que as traquinices da véspera fossem castigadas com pauzinhos em vez de doces!)

Depois o explorar da meia, seguido de uma rápida avaliação do que se tinha passado: "Bebeu o chá, comeu os bolinhos, levou a laranja (não haviam cascas - falha imperdoavel!!!), deixou a vela acesa! Seguido de muitos saltos!

É assustadoramente fácil fazer as crianças felizes.

É assustadoramente triste saber que há tantas que o não são.

E a vontade de sair por aí a distribuir botas e meias aos meninos tristes é tremenda mas muito dificil de realizar. Por isso resta ensinar à G. princípios básicos de solidariedade e partilha e ter a esperança de que noutras casas outras mamãs estejam a viver a mesma angústia e tenham o mesmo tipo de atitude e que aos poucos se eduque uma nova geração centrada nestes valores.

Mas egoisticamente digo: FANTÁSTICO! Lindo Lindo! Vai ser díficil esquecer os passinhos rápidos que à medida que se aproximavam da janela se tornaram pequeninos e sem ruido, e o sorriso de alívio por não ter sido desta que o estatuto de traquina tenha sido oficializado pelo próprio do S. Nicolau!!!

EXTRA! EXTRA! WE ARE ALL SET!

1. a bota
2. a vela para ele ver bem onde a bota está
3. um cházinho, porque está frio lá fora
4. umas bolachinhas, porque deve estar cansado e com fome
5. uma tangerina, porque sim
6. uma cartinha a explicar o comportamento de hoje e a prometer melhoras
7. voltar atrás e colocar uma almofada porque o chão está frio e ele vai sentar-se a comer
8. esperar a dormir...

MELTING POT NA PROVÍNCIA...

Esta noite cá por casa, vamos celebrar o S. Nicolau. Por três razões (todo o bom raciocinio se deve desenvolver em três partes, todo e qualquer bom argumento, também), sendo assim, por 3 razões:

1. porque é girissimo;
2. por respeito pela cultura de novos membros da família;
3. porque é girissimo.

Então o que vamos fazer?

Divisão de tarefas:

1. a J. e o R fizeram a botinha;
2. a S. trouxe num papelinho a tradução do alemão da história de Nicolau para eu explicar SEM ERROS à G.;
3. a G. limpa impecavelmente uma das botas de borracha (que é a coisa de pôr nos pés maior que ela tem)
4. a G. coloca na lareira (ou na janela - ponto ainda a decidir - se decidir falar-lhe no Pai Natal terei que optar pela janela caso contrario a chaminé torna-se um local de grande actividade). Portanto, a G. coloca na janela a própria da bota - reluzente!
5. a G. adormece
6. eu encho a meia com as coisinhas e tento enfiá-la na bota (Note to self - tentar descobrir elementos interessantes algures na casa para introduzir na dita, dado que me esqueci de ir ás compras).
7. a G. acorda e tem um inicio de dia feliz feliz feliz!

E de onde vem isto?

O S. Nicolau viveu na cidade de Myra (onde hoje é a Turquia e há pena de morte), onde se ocupava com coisas da Igreja - era Bispo, e entre coutras coisas salvou a cidade da fome. Morreu a 6 de dezembro de 343 d.c. . E pouco depois da sua morte surgiram as lendas e histórias associadas à sua bondade o que é sempre um bom Marketing e a verdade é que para além de se tornar no santo mais popular do Médio Oriente, tornou-se a segunda figura central da época Natalícia, a par com o Menino Jesus.

E o que se passa?

Na noite de 5 para 6, Nikolaus, exibindo as ínsignias de Bispo, e acompanhado por um tal de Knecht Ruprecht , um serzinho medíocre que representa a maldade vencida, visitam as crianças compensando as boas e castigando as más. Daí os meninos do Norte da Europa deixarem as botinhas ou as meias à porta, à janela ou à lareira à espera que o S. Nikolaus chegue e lhes deixe frutas, nozes ou outras guloseimas.

Este ano, aqui no Sul, vai haver um rostinho pequenino e moreno que chegou um dia do outro lado do mundo para as nossas vidas, a adormecer a sorrir e a sonhar com doces, nozes e guloseimas tal e qual como os meninos lá de cima. Porque as coisas boas devem atravessar fronteiras, e as coisas que fazem sonhar também e aquelas que fazem adormecer a sorrir...

PS: Obrigada J. por fazeres parte da nossa familia e enriqueceres, como só tu sabes fazer, os dias felizes da minha filha!

HEY!

Obrigada, meninos!

..."PORQUE O MUNDO ESTÁ AINDA MUITO IMPERFEITAMENTE INVENTADO"

ABIDJAN- Thirty practitioners of female circumcision in the Ivorian financial capital, Abidjan, have publicly laid aside their blades, knives and scissors. This is the result of an ongoing campaign in the West African country to eradicate the practice, estimated by the United Nations Children's Fund (UNICEF) to affect 40 percent of women living there. The campaign, underway for a decade now, is led by the National Organisation for the Child, the Woman and the Family (Organisation nationale pour l'enfant, la femme et la famille, ONEF), a non-governmental group. The decision by the 30 to renounce their trade during a ceremony in Abidjan earlier this month marked the first instance in which ONEF had managed to convince some of the 75 identified circumcisors working in Abidjan to quit the profession. They had been circumcising girls and women despite the fact that circumcision was banned by a 1998 law. Although it was once restricted to villages and remote hamlets, FGM has since developed into an urban phenomenon as well; men have become involved in the practice, and different excision techniques have evolved. Female circumcision involves the partial or complete removal of female genitalia. The most severe form of FGM -- infibulation -- results in part or all of the clitoris being cut away, as well as the folds of skin around the openings of the urethra and vagina. The resulting wounds are then stitched up, with only a small opening left to allow for the passage of urine and menstrual blood. UNICEF says FGM in Ivory Coast is most often carried out on teenagers before they get married -- although girls as young as five may also undergo the procedure. The agency also estimates that 13,000 new circumcisions are carried out annually. According to Geneviève Saki-Nékouressi of the WHO's Abidjan office, 130 million girls and women in Africa have undergone some form of genital mutilation. Circumcision may be carried out with crude and unsterilised implements such as tin lids, putting girls at risk of contracting HIV. FGM can lead to difficulties in sexual intercourse and birth, and also cause girls to develop infections and other complications. The procedure may even result in death. In two villages, where 10 practitioners have been identified, a girl of eight died as a result of the bleeding caused by FGM. In another instance, a 25-year-old woman who was pregnant lost her life after undergoing circumcision, which custom dictates should be done before women give birth.

ONEF says it has made funds available so that loans can be extended to the former circumcisors, enabling them to embark on other revenue-generating activities.

Each has received about 130 dollars, under flexible terms of repayment.