PARTE 2
Enquanto introduziam dados e me diziam em voz lacónica mas com grande autoridade: "Tem a vaicina do tétano em atraso", entra um homem já de certa idade. "Venho buscar a carta que a Dra J. deixou para mim, telefonou-me a dizer prá vir buscar". "Tem consulta marcada?", "Não, é só mesmo pra buscar a carta". "Cuméquequer levar a carta se não tem consulta marcada?". "Marque-me lá a consulta então, se faz favor", "24 de Janeiro ás 15.30h, não se esqueça". O senhor vira as costas a espumar, sai para o corredor furibundo e começa a gritar "eu devia era pôr uma bomba nisto. Mas uma bomba que só a matasse a ela. A ELA. Eu devia era fazer cumo lá no Iraque". E senta-se ao meu lado. Eu sussurro-lhe: olhe, eu sugiro um murro no olho, não destrói as instalações, não incomoda mais ninguem e faríamos por certo todos muito gosto em observar. Três pessoas atrás de mim acenaram em concordância.
Gostei desta abordagem à problemática do Iraque. Os Americanos estão inocentes. Aquilo é mas é um país inteiro revoltado com o sistema de saúde.
3 Comments:
Esperam-se as primeiras bombas no país
.-)
Desde que não caiam em cima do HP de Coimbra tudo bem...
;)
J.
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