Thursday, March 30, 2006

TO WHOM IT MAY CONCERN...

hoje comprámos carro (chama-se Joaquim)
amanhã mudamo-nos para a casa (chama-se NOSSA casa)

é como se fosse NATAL!!!!

Saturday, March 25, 2006

E FOI ONTEM!


Sob o olhar de Santa Ursula, dois Jesus muito bem parecidos, um Sagrado Coração, dois bonecos de criança, um burro e duas maçãs, a G. apagou as velinhas na escola.

E se bem que a religiosidade da celebração me tenha assustado, apavorado e outras coisas semelhantes, a ternura das Madres e a alegria das crianças ultrapassou tudo isso.
Foi uma manhã fantástica para ela. E para todos os meninos - que viram pela primeira vez um bolo decorado infantilmente. Uma borboleta enorme côr-de-rosa, batida à mão e feita à luz de vela pela Therese Curran depois de um dia de trabalho no escritório, Thanks mate! Australia rules (bom, não exageremos!)

Thursday, March 23, 2006

JUST ONE MORE DAY...









e...



PARABENS QUERIDA!
quatro
4

Monday, March 20, 2006

SIM, SENHOR MINISTRO...

Um ministro, seu homólogo, um bispo e um embaixador.
Uma procissão de gente branca onde é difícil perceber quem é o andor…

A feira do Livro em Baucau.

No palco crianças cantam “Oh rama Oh que linda rama” com sotaque quase quase Alentejano.

Filas e filas em volta das parcas bancas. Cinematografia Brasileira. Enciclopédias de Desporto. Dicionários de Italiano. Temas despropositados a preços simbólicos.
Filas e filas em direcção à caixa sem moeda alguma na mão.
Mãos pequeninas ágeis que passam livros pela janela recebidos por outras mãos pequeninas ágeis. Depois a corrida.

E começa a chover. Forte. Grossas gotas como não haviam há dias. E o espaço já de si pequeno encolhe. Os corpos colam-se. Molhados da chuva e da transpiração. Alguém corre para recolher os desenhos feitos nessa tarde pelas crianças. E subitamente esse gesto comove-me…

No palco uma professora com um Português límpido e formal de antigamente repete duas vezes o discurso ensaiado: “E agora a Escola Primária nº --- de Baucau, não querendo ficar atrás, vai interpretar 4 números…”, e eles entram. Muito pequeninos para a idade. Mesmo para Timorenses. As meninas com apêndices postiços no cabelo que lhes dão fortes rabos de cavalo miraculosamente seguros num cabelinho fraco e alourado pela falta de ferro. Os rapazes com chapéu de palha na cabeça. Sacodem-se sem vida ao som de uma música brasileira em passos supostamente do “vira” português.
É triste. É imensamente triste. Não apenas porque aqui, como em muitos outros sítios, ser Português é isto: o vira - mesmo que com a música errada, as músicas dos anos 40 de que alguém ainda se lembra vagamente da letra. Muito vagamente. A récita. O discurso com gestos de mãos. Não. Não apenas por isso. É triste porque estes meninos aprenderam os passos no tempo em que deviam brincar na escola. E aprenderam-no com bofetadas de cada vez que se enganavam, com puxões fortes de orelhas de cada vez que saíam do lugar marcado. E depois de tudo isso, esperaram em fila duas horas ao sol. Sem um copo de água. Sem um chapéu na cabeça. Com os apêndices postiços no cabelo hirtos do gel. Com o chapéu de palha caído nas costas, para decoração. E depois chegou:
Um ministro, seu homólogo, um bispo e um embaixador.
Uma procissão de gente branca onde é difícil perceber quem é o andor…
E hora e meia depois, depois de discursos e aberturas, “…não querendo ficar atrás…” eles dançaram o vira ao som de Leandro e a comitiva já tinha partido…

Thursday, March 16, 2006

BEEN THERE, STILL DOING THAT!








Para a Sónia:
... e os meus azulejos estão a ser instalados à luz de vela....
...de uma vela, para ser exacta!

Sunday, March 12, 2006

ARRE...


... fui mordida por um ranhoso de um escorpião.
passei a noite a sonhar com escorpiões e hoje à tarde fui mordida por um ranhoso de um escorpião.

... isto dói!

O G. e a L vieram a correr com uma pomada que termina em caína ou algo no género (xenocaína?). O Br.C. mandou uma agulha um toalhete esterelizante e um pedaço carbonizado de osso de búfalo.
Era suposto espetar a agulha para sair sangue e aplicar o osso em cima do sangue até que ele - o osso - naturalmente caísse (cerca de uma hora depois). Após a aplicação da não sei quê caína, não restava grande sangue naquela zona já de si pouco irrigada devido à generosa camada de gordura e graças aos poucos e muito distraidos santos que ainda me protegem, a sensibilidade era praticamente nula. A K. desiste da agulha pega na G. e leva-a para a praia. O T. segue-a e eu fico deitada num sofá na casa do G , da L, e da E. a beber copos de água com açúcar e a olhar gulosamente através da janela para as folhas daquela planta que faz rir e a pensar: "É agora! Vai ser agora..."

Mas não foi...

Saturday, March 11, 2006

A SUDESTE NADA DE NOVO...

... as obras na casa continuam, mas agora a passo de caracol.
perdi a cabeça e comprei uma máquina de lavar roupa mínima, daquelas iguais ás dos desenhos animados da Hanna -Barbbera, com tampa em cima (e que na eventualidade de registar excesso de detergente, espuma de facto furiosamente cobrindo o chão, atacando os móveis e tranformando a divisão numa típica discoteca de provincia em noite temática). O objectivo é fazer durar um pouco mais o meu parco guarda roupa (em timor avaliamos o tempo de permanência do estrangeiro a partir de uma observação rápida do nivel de descoloração da roupa; ao fim de dois meses, os azuis deixaram de existir transformando-se num cinza cansado, os brancos são amarelos e tudo isto pontuado com manchas de lixivia...)

... mais uma viagem a Dili. A G. grita que quer voltar a Baucau. Regressámos com uma bicicleta amarela escondida dentro de uma caixa de ar condicionado. Faz anos a 24 e esta vai ser a surpresa (apesar de ela estar à espera de um macaco...mas 15 anos de psicoterapia após a adolescência irão por certo recuperá-la do trauma).
E hoje vêm instalar a parabólica. Sim, podemos não ter água, podemos ter 6 horas de electricidade por dia, não poder utilizar o frigorifico e coçarmo-nos até sangrar por causa dos mosquitos, mas senhores oh se vamos estar informados!!! Ah vamos vamos! Ah, e também tem 2 canais do HBO... pois!

Monday, March 06, 2006

SINDROME(A) DE ROBERTO LEAL

A minha filha é Timorense em Portugal e Portuguesa em Timor.
Os meninos chamam-lhe Malai, na escola, e não brincam com ela.

Depois de muito pensar, penso que a melhor forma de resolver as coisas é ir até lá e dar um par de estalos a cada um.

E se os pais se chegarem para os defender levam também.
E os primos e os vizinhos...

Vou dar porrada a TODOS!

Thursday, March 02, 2006

EXTRA! EXTRA!

o governo manda dizer que vem ai um ciclone.
como tudo por estes lados, sera hoje, ou amanha ou na sexta, ou talvez nao passe...