Friday, July 28, 2006

COISAS DE QUE NOS LEMBRAMOS DE TER ESQUECIDO (I)







"Etu" quê?

o arroz de côco comido na praia...

COISAS DE QUE NOS LEMBRAMOS DE TER ESQUECIDO (II)




Magustim/Magustão?

e o sumo a fugir por entre os lábios...

Thursday, July 27, 2006

IT`S NOW OR NEVER (II)


guigas by tante Jana
Originally uploaded by carla alexandra.

Partimos no próximo sábado.
a calma voltou
o Horta prometeu electricidade - 24 horas - para o final de agosto
a nova ministra da educação é uma mulher de trabalho com uma sensibilidade aguçada.
os soldados australianos chegaram a baucau e instalaram-se
a equipa estagnou e vai ser complicado re-iniciar o projecto
a mesa do sr. josé vai estar vazia e ele terá dolorosamente que ser substituido
a caixa com brinquedos pedagógicos para a G. está praticamente pronta para ser despachada

e as vitaminas e os xaropes e os sacos anti escorpião
o GL. ainda está lá
a E. fracturou a perna em dois sitios mas vai voltar.
e a L, que está a encher a barriga de mimos no brasil
o GR já reiniciou o projecto de ciências
a T só regessa para se despedir e depois parte
o tio Verme vai embora de vez e isso deixa um buraquinho na alma
e nós vamos ver como vai ser porque ha compromnissos contratuais que obrigam a um pré aviso de 3 meses, por ter um cargo de gestão.

mas como os casais desavindos que teimam em ficar juntos, pode ser que subitamente um dia reconheça um gesto, um cheiro, uma côr que me recorde o antes e a paixão regresse.

Porque tudo na vida é como o amor.

Friday, July 21, 2006

LE COUER...

Ontem ao cozinhar, o odor das especiarias trouxe-me subitamente à memória um jantar em casa da S, em Mainz. Não me lembro do nome do namorado, mas recordo que o achei encantador. Era professor de direito de qualquer coisa numa universidade em Frankfurt e faltava-lhe toda a arrogância que caracteriza os académicos da especialidade em Portugal. E tinha um sentido de humor fantástico e cozinhava divinamente e os 4 passámos uma noite tão boa que o cheiro das especiarias trouxe-ma de volta à memória. E nunca mais nos encontrámos. Mais tarde tive notícias da S. Tinha regressado à Etiópia onde ja tinha estado anteriormente a recolher informação para a tese de doutoramento na área de Antropologia. Mas a Universidade não ficou contente com o resultado e fizeram-na repetir a recolha. E ela foi e deixou o namorado triste e acabrunhado a redecorar o quarto. E os meses passaram-se e ele qual Penelope foi fazendo isto foi fazendo aquilo; esculpiu o Kama Sutra na estrutura da cama, pintou frisos em stencil nos tectos muito à Martha Stewart e a S., nada. Os telefonemas que sempre tinham sido raros acabaram por desaparecer, mas era compreensivel porque a área era remota. As cartas espassaram-se e passaram a ser curtas e muito técnicas com instruções sobre coisas do quotidiano - a consulta do cão, a conta disto ou daquilo. Até que desapareceram por completo. E os dias foram passando e ele ficando impaciente e subitamente, como um heroí de um filme de classe B, enfia-se num avião, não atravessa o mundo porque a Etiópia fica mesmo ali ao lado, mas sai à procura da S. Contrata guias, aluga jeeps, apanha diarreia e finalmente chega à aldeia. E fria e distante lá estava ela. Estava apaixonada. E ele regressou com os jeeps e os guias, ainda a sofrer de diarreia mas com a esperança que dois meses depois quando ela regressasse aquela paixão se tornasse igual ás de Verão. E voltou a Mainz e retocou a cama e cobriu de lilás o friso à Martha Stewart com os motivos Africanos que a fariam lembrar o outro (que ele não viu) e preparou-se para a reconquista.
E dois meses depois chega a S.
Estava grávida, continuava apaixonada e não gostava de lilás.
Mas quem seria o outro? A S. seleccionou aquela tribo devido ao contacto limitado que tinha quer com ocidentais quer com outros povos mais desenvolvidos da região. Mantinham os trajes tradicionais, uma dieta inalterada, estruturas organizacionais únicas, pratica ancestrais de criação de animais e ausência de toda e qualquer forma de registo físico da memória da comunidade. Não existia escrita.Ou qualquer outro tipo de transcrição fonética da própria língua.E daí em diante, a barriga da S. foi crescendo e ela passeava-se com um gravador para onde falava horas e horas, até que nasceu com 3,200 e 42cm de comprimento uma bolinha gorducha em tom chocolate e a cassete com a notícia gravada voou de avião até à Etiópia fazendo o caminho sem jeeps, sem guias e sem diarreia até ás mãos de um pai ansioso que celebrou ébrio e em pêlo durante dois dias o nascimento do seu primeiro filho macho.

Thursday, July 20, 2006

LAYERS

O dia começou com ela a pintar um prato com a avó. Mas a avó não lho tirou das mãos a tempo e ela foi pintando pintando camada sobre camada até a pintura original desaparecer.E ficou uma coisa feia em que as tintas misturadas se transformaram num tom lamacento e triste.
E quando eu cheguei, perante a frustração da avó a olhar a obra desorgulhada, num ímpeto peguei no prato e coloquei-o debaixo de água. Misturei um daqueles detergentes fortissimos e apliquei-o com um esfregão forte. E no metal do lava-louça íam caindo as tintas nos tons cinza lamacentos e tristes e depois apareceu o vermelho vivo que ela tinha usado no início, o amarelo, o azulão e misturaram-se todos ficando novamente um cinzento lamacento triste com uns laivinhos de côr aqui e ali. Teimosos, persistentes. E entrego-lhe o prato limpo, branco porcelanoso... e dou-lhe o papel branco e o lápis e digo-lhe: Faz um plano, pensa no que queres pintar. E marco-lhe um círculo ferindo o papel com o lápis. E ela olha-me triste. E nos meus braços brilham, ainda teimosos e persistentes, os salpicos da tinta que resistiu ao detergente desenhando-me culpa na pele. Desculpa, pede-lhe desculpa. E vi-me pequenina nela e reconheci a tristeza que se sente quando nos pedem que pintemos bonito e colorido e o que nos apetece de verdade é pintar camada sobre camada até a pintura original desaparecer.

Sunday, July 16, 2006

BIRTHDAY- 36


birthday 36
Originally uploaded by carla alexandra.

"... a criança nova que habita onde vivo
dá-me uma mão a mim
e a outra a tudo o que existe
e assim vamos os três pelo caminho que houver,
saltando e correndo e rindo
e gozando o nosso segredo comum
que é o de saber por toda a parte
que não existe mistério no mundo
e que tudo vale a pena."


caeiro

Monday, July 10, 2006

LIKE JOEY WOULD SAY: LONDON, BABY!LONDON!

De regresso a Londres...

Mas antes de partir um aviso:
No próximo dia 15 - Sábado - é o meu ANIVERSÁRIO!!
Penso que não será demais relembrar o que digo todos os anos: as prendas não precisam de ser grandes desde que sejam CARAS!

Há ainda toda a componente de stress pós traumático a que fui sujeita e que por certo exige uma larga compensação de tipo não necessariamente emocional mas muito certamente material.

Relembrando: o tamanho NÃO interessa. O que interessa é o valor. E não me refiro a valor sentimental...

Friday, July 07, 2006

ABOUT VIRGINS AND FLOWERS - um post de gosto duvidoso mas muito melódico!!!!

Os efeitos nefastos do PROZAC...

Ou

"Jovem, é logico que não queres tirar a flor à Laura, preferes o repolho do Manolo..."

Wednesday, July 05, 2006

Brrrrrrrr

Dá-me a sensação de que a qualquer momento o treinador Francês irá cruzar a perna, acender o cigarro, pegar no Pastisse e começar a discursar sobre existencialismo...

THE CALL

Telefonema de Timor:

L:Mana, estamos todos muito com a preocupação.

Eu: Pois, mas as coisas já estão a ficar mais calmas...

L: Não mana, é o jogo. Se Portugal perde não é bom para Timor. O povo vai dizer: Ah Australia fraca, Australia eliminada. Portugal forte, está quase na final. Se Portugal perde. Ai mana não sei, mas vai ser mau para Timor...

Futebol e a resistência à ingerência.
Nunca tinha pensado nisso...

THE GAME

Se no directo da SIC voltarem a dizer uma vez só que seja "moldura humana", receio não me controlar e atirar-me à dentada aos meus próprios pulsos.

Tuesday, July 04, 2006

MINE IS BIGGER THAN YOURS

os meninos quando crescem deveriam ser todos arquitectos; ou arquitectos ou uma outra coisa qualquer que exija uma farda, desde que a farda não seja amaricada. Mas o melhor mesmo é serem arquitectos e usarem camisolas com turtle neck.
também podem ser Físicos, mas para isso têm que fazer doutoramento - mas o charme passa quando o terminam.
por isso a melhor coisa é que os meninos ao crescerem se tornem arquitectos

e as meninas quando crescem podem ser tudo o que quiserem, com a vantagem de que começam sempre a fazê-lo mais cedo...