..PORQUE DEUS CASTIGA OS PECADOS PEQUENOS....
Depois de irmos aos serviços médicos Portugueses em Dili onde trabalham duas Senhoras deliciosas, e já descansada com o diagnóstico dado á Gui que inexplicavelmente perdeu sangue pelo ouvido e depois ainda de termos feito uma série de futilidades próprias de quem viaja à cidade grande, regressamos ao carro e descobrimos um pneu maliciosamente furado.
O M., que fez a gentileza de nos acompanhar desde Baucau a Dili, desempenha em pleno o seu papel de macho latino e encarrega-se do serviço. O M. que é praticamente padre e em quem eu coloco grandes esperanças de que venha a ser Bispo ou até Cardeal, e só por isso o aturo. O M. que sabe as Epistolas todas – não se limitando à de S. Paulo aos Coríntios, bom o M., pragueja como um carroceiro quando se dedica a desatarraxar porcas! 1h15m depois, sim eu disse uma hora e quinze minutos depois, o pneu está colocado e a noite aproxima-se. E eu penso que não quero viajar sem um pneu de reserva e considero a possibilidade de ficarmos em Dili apesar de também não termos cuecas de reserva. Mas Dili tem 2000 novos habitantes estrangeiros e não há um quartinho livre por miserável que seja. E acabamos por decidir voltar a Baucau.
A metade da metade do caminho, o mesmo pneu fura-se novamente. Estamos no meio da montanha sem rede de telemóvel e no meio de um escuro daqueles escuros verdadeiros como já não se vê no mundo ocidental dos candeeiros de rua e claro, sem pneu de reserva. Fazemos talvez uns 10km nesta situação sempre a olhar para o telefone do M, que tem um Garfield sorridente. (eu juro que o vi a rir-se de nós).
Pergunto ao M., um homem de Deus, se a ocasião não se proporcionaria a uma oração. Assim tipo concede-nos Senhor a Graça de um tracinho na rede do telefone. Diz que não. E ele lá sabe.
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